Regulação à vista: as empresas estão prontas para cumprir as regras de GenAI?

A inteligência artificial generativa vem ganhando espaço com rapidez nos ambientes corporativos. Mas, paralelamente à adoção acelerada, surgem novos marcos regulatórios em diferentes regiões do mundo, desafiando as organizações a se adaptarem, formalizarem diretrizes e responderem com responsabilidade.

A imagem extraída do relatório global da SAS mostra que, embora muitas empresas estejam se movimentando, poucas podem dizer que estão realmente preparadas para lidar com as regulamentações que já existem, e com as que ainda estão por vir.

Poucas empresas estão totalmente preparadas para o que está chegando

Apenas 10% das organizações afirmam estar totalmente preparadas para cumprir as regulamentações relacionadas à GenAI. A maioria ainda se encontra em estágio intermediário, com 48% se dizendo moderadamente preparadas. Isso indica que muitas iniciativas ainda não contam com políticas estruturadas, planos de resposta a incidentes ou mecanismos de auditoria internos.

Esses dados mostram que a governança regulatória ainda está em construção. A agilidade para adotar GenAI não foi acompanhada pela mesma velocidade na criação de estruturas jurídicas e operacionais para supervisionar o uso da tecnologia com segurança e transparência.

A América Latina é uma das regiões menos preparadas para lidar com exigências formais

No recorte por região, a América Latina aparece com um dos menores índices de preparação total, com apenas 8% das organizações se dizendo plenamente aptas a cumprir com as regras atuais ou esperadas. Além disso, 46% afirmam estar apenas levemente preparadas, e 1% admite não estar preparada de forma alguma.

Esse panorama sugere uma vulnerabilidade regulatória significativa. Enquanto outras regiões já estão debatendo regulação de forma ativa, como Europa com a AI Act ou os Estados Unidos com novas diretrizes federais, empresas latino-americanas ainda precisam correr atrás da maturidade necessária para acompanhar o ritmo global.

O setor que mais se destaca em prontidão é o da Ásia-Pacífico

Com 13% das organizações da região APAC se dizendo totalmente preparadas e 57% moderadamente preparadas, o estudo indica que a Ásia-Pacífico vem liderando em termos de resposta regulatória. Essa vantagem pode estar ligada a políticas públicas mais proativas, investimentos em infraestrutura digital e uma cultura corporativa mais aberta à adaptação rápida de normas.

Mesmo assim, o percentual ainda é baixo considerando o cenário de risco e exposição que a GenAI representa quando não monitorada ou regulada adequadamente.

A lacuna entre uso e regulação pode gerar riscos crescentes

Com o avanço da IA generativa nas operações, marketing, atendimento ao cliente, jurídico e finanças, cresce também o risco de uso inadequado, vazamento de dados, decisões enviesadas ou falta de transparência no processo algorítmico. E, em paralelo, aumenta a expectativa da sociedade, dos clientes e dos órgãos reguladores por maior responsabilidade.

Empresas que não estiverem preparadas para lidar com exigências legais, notificações de auditoria ou pedidos de explicação sobre decisões tomadas por IA podem enfrentar prejuízos financeiros e de reputação.

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