Um novo levantamento da McKinsey revela um abismo de percepção entre a liderança executiva e os funcionários em relação ao uso de IA generativa. Entenda o que isso significa para o futuro da inovação corporativa.

Três vezes mais funcionários estão usando IA generativa para mais de 30% de suas tarefas diárias do que os executivos imaginam. Esse é o tipo de dado que obriga qualquer organização a rever seus mapas de inovação. Segundo a pesquisa da McKinsey (Out-Nov/2024), 13% dos funcionários já estão usando IA intensamente, contra apenas 4% da percepção dos C-levels.
O que esta imagem revela sobre o futuro da IA
A imagem compara a expectativa dos C-levels com a realidade dos funcionários quanto à adoção da IA generativa. Enquanto a maioria da liderança (56%) acredita que a utilização intensiva de IA pelos colaboradores só ocorrerá em 1 a 5 anos, os funcionários mostram um cenário bem diferente: 34% estimam essa mudança em menos de um ano, e 13% já vivem essa realidade.
Outro dado relevante é que 11% dos executivos só esperam essa mudança em mais de 5 anos, enquanto apenas 5% dos funcionários veem esse horizonte como realista. Essa dissonância pode comprometer investimentos, produtividade e a capacidade de resposta da organização frente às mudanças tecnológicas.
3 insights que você precisa saber agora
1. O tempo da inovação não é o tempo da hierarquia
A velocidade da adoção de tecnologias não está mais nas mãos apenas da liderança. A base da organização está agindo com autonomia e curiosidade. Ignorar isso é desperdiçar potencial competitivo.
2. A previsão dos executivos pode atrasar estratégias
Quando a liderança subestima a adoção da IA, não investe corretamente em infraestrutura, formação e segurança. Isso cria gargalos operacionais e uma desconexão entre os recursos e as necessidades reais do time.
3. Alinhamento cultural como vantagem estratégica
A McKinsey aponta que empresas com alto grau de alinhamento cultural em torno da IA são 2x mais propensas a capturar valor significativo com a tecnologia. Isso exige mais do que workshops: é preciso liderança com escuta ativa e coragem para adaptar modelos mentais.
Como aplicar isso na sua empresa, hoje
A primeira etapa é simples: mapeie o uso informal de IA dentro da sua empresa. Ferramentas como ChatGPT, Copilot, Notion AI e outras já fazem parte da rotina dos colaboradores. Com base nisso, estruture um plano de governança que reconheça o uso real da tecnologia, e não apenas a estratégia formalizada.
Outra recomendação é promover dinâmicas de feedback entre times operacionais e liderança para identificar lacunas de percepção. Segundo o Harvard Business Review, organizações que incluem a linha de frente na cocriação de soluções tecnológicas são 60% mais rápidas na implementação.
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