Organizações estão utilizando IA generativa principalmente para gerar texto, mas a diversificação dos formatos já começou. A próxima fase exige estratégia e adaptação rápida.
O texto é só o começo
63% das empresas que usam IA generativa já aplicam a tecnologia para criar conteúdo textual, como relatórios, e-mails, resumos ou rascunhos comerciais. É o formato dominante, mas não é o único. Os dados da McKinsey (julho de 2024) mostram que imagens (36%) e códigos (27%) também estão se tornando aplicações recorrentes nas organizações.
Esse dado revela mais do que uma preferência. Ele evidencia um estágio de maturidade: texto é o ponto de partida natural da IA generativa, mas o movimento real está na expansão para novos formatos. Na AI Brasil, vemos esse cenário como um alerta claro de que a vantagem competitiva não virá apenas de adotar a IA, mas de saber diversificar seu uso de maneira estratégica.
A próxima fronteira é multimodal
Os dados da pesquisa indicam que, embora texto continue no topo, áreas como imagem, vídeo, música e código já ganham tração. O uso de IA para gerar imagens atinge 36% dos respondentes, enquanto 13% já exploram vídeos e vozes sintéticas.
Esse comportamento acompanha o avanço técnico de modelos multimodais, como o GPT-4o e o Gemini 1.5. A capacidade de compreender e gerar conteúdos em diferentes mídias está moldando uma nova lógica de produtividade, onde equipes de marketing, design, desenvolvimento e comunicação passam a trabalhar com IA de forma colaborativa e integrada.
Decisões estratégicas dependem do que sua IA sabe produzir
A McKinsey aponta que empresas que adotam IA generativa de forma abrangente (em múltiplos formatos) são até 2,9 vezes mais propensas a relatar ganhos financeiros relevantes (State of AI, 2024). Isso reforça a importância de não restringir a IA a tarefas administrativas, mas aplicá-la em criações que impactem o cliente final.
Além disso, diversificar os tipos de conteúdo produzidos permite testar novas experiências, acelerar ciclos de inovação e capturar valor em áreas antes inacessíveis por custo ou escala. É o caso de prototipação visual com IA, narração automatizada de treinamentos internos ou geração de código assistido.
Da intenção à prática: como ampliar o uso da IA generativa
- Mapeie onde o conteúdo é gerado na sua empresa: identifique processos que envolvem texto, imagem, código, vídeo ou áudio.
- Implemente pilotos com objetivos específicos: por exemplo, melhorar tempo de entrega de propostas visuais ou gerar versões automatizadas de textos em diferentes idiomas.
- Integre diferentes áreas: marketing, produto e tecnologia devem estar alinhados para explorar a IA generativa com sinergia e escala.
O conteúdo do futuro será híbrido, sintético e estratégico
Empresas que enxergam a IA generativa apenas como uma assistente de texto estão ficando para trás. O conteúdo do futuro será híbrido, combinará mídias e exigirá governança clara sobre qualidade, ética e propriedade.
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