O impacto da inteligência artificial sobre o mundo do trabalho deixou de ser uma hipótese teórica para se tornar uma realidade operacional. Com a disseminação de modelos generativos, automações inteligentes e análise preditiva, as organizações estão repensando como formar, alocar e liderar equipes. A pesquisa divulgada pela Hostinger em outubro de 2024 mostra com clareza as estratégias adotadas para adaptar profissionais e processos a esse novo cenário.

Capacitação interna se torna prioridade estratégica
A ação mais mencionada pelas empresas, segundo o levantamento, é a qualificação e requalificação dos próprios colaboradores. Cerca de 37% das companhias afirmam estar investindo em upskilling e reskilling para preparar seus times frente à adoção da IA. Este movimento demonstra uma escolha clara: antes de contratar fora, o foco está em desenvolver quem já está dentro. Isso inclui desde capacitações técnicas até habilidades relacionadas à colaboração com ferramentas automatizadas e interpretação de dados gerados por sistemas inteligentes.
A automação de tarefas operacionais já está em curso
Em segundo lugar no ranking aparece a automação de tarefas rotineiras, com 36% das empresas buscando liberar os profissionais de atividades repetitivas para que possam se concentrar em funções mais estratégicas. Essa substituição não significa necessariamente corte de pessoal, mas sim uma realocação de tempo e energia. A expectativa é que a IA assuma processos operacionais de forma eficiente enquanto os humanos se dedicam à análise, criatividade e tomada de decisão.
Novos papéis exigem reestruturação de funções
Com a IA se integrando a sistemas e rotinas, 31% das empresas afirmam estar redefinindo cargos e responsabilidades. Essa reformulação vai além de nomes de cargos. Envolve a reorganização da cadeia de valor dentro das empresas e exige que gestores pensem com mais flexibilidade sobre o que é função técnica, analítica, gerencial ou colaborativa. Ao mesmo tempo, outro grupo de 31% já está contratando novos talentos com conhecimentos específicos em IA, indicando que as companhias estão buscando equilíbrio entre capacitação interna e aquisição externa de expertise.
Colaboração interdepartamental impulsiona a integração da IA
Um dado que chama atenção é o foco em integração entre áreas. Cerca de 26% das empresas estão promovendo colaboração entre equipes técnicas e áreas de negócio para garantir que a implementação da IA não ocorra de forma isolada. Essa estratégia sugere uma visão mais madura sobre transformação tecnológica, onde o sucesso depende da participação conjunta de setores como marketing, finanças, operações e recursos humanos.
A transição precisa ser planejada com responsabilidade
Apenas 19% das empresas afirmam estar trabalhando diretamente na realocação de funcionários para evitar demissões associadas à automação. Embora esse número seja menor, ele representa um ponto sensível no debate. A substituição de tarefas por IA precisa ser acompanhada de responsabilidade social e visão de longo prazo. Reposicionar profissionais em funções de maior valor agregado pode ser mais sustentável e vantajoso do que enxugar quadros sem estratégia.
Adaptar-se agora é investir em relevância futura
O gráfico da Hostinger mostra um caminho possível para empresas que buscam crescer com inteligência artificial sem abrir mão de cultura, pessoas e propósito. A transição não será feita apenas com tecnologia, mas com decisões conscientes sobre como preparar pessoas para um futuro de trabalho que já começou.
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