A estratégia de IA que funcionava ontem não é suficiente para a IA generativa de hoje

A transição da IA tradicional para a IA generativa exige uma reconfiguração completa da visão, da governança, dos casos de uso e, principalmente, da forma como as organizações educam seus times. O que antes era um centro de excelência isolado, agora precisa se tornar uma capacidade distribuída e crítica para o negócio.

Visão e diretriz precisam refletir a criticidade do presente, não mais projeções distantes

Empresas que operavam com uma visão de IA voltada à automação de tarefas ou à inovação em ciclos de três anos agora precisam reconfigurar sua bússola estratégica. A IA generativa está sendo usada para tomada de decisão, geração de conteúdo e interação com clientes, em ciclos de semanas, não anos.

Isso muda o papel da liderança. A diretriz atual deve refletir criticidade de negócio, impacto imediato e risco reputacional. Segundo o Gartner, 70% das empresas líderes já reposicionaram a IA como fator de resiliência organizacional, e não apenas de eficiência.

O tempo de esperar para ver acabou. Estratégia de IA agora é para o trimestre atual, com visão adaptativa, aprendizado contínuo e objetivos vinculados a áreas core do negócio.

Casos de uso passam da automação para a geração de artefatos e simulação de decisões

A IA tradicional se concentrava em análises preditivas e automação de tarefas. A IA generativa expande esse escopo com geração de texto, código, imagens, voz e até decisões simuladas. O impacto é duplo: mais complexidade técnica e mais exposição estratégica.

A adoção deixa de ser tarefa de um único centro de excelência e passa a envolver times multifuncionais. Segundo a McKinsey, 55% das empresas que adotaram GenAI já a utilizam em mais de três áreas de negócio, marketing, atendimento, jurídico, recursos humanos, entre outras.

Isso exige novos critérios para priorização de casos de uso. O que deve ser automatizado? O que pode ser delegado à IA? O que exige validação humana obrigatória? A maturidade da organização em responder essas perguntas define sua velocidade de escala.

Governança e capacitação precisam sair do centro de excelência e ir para a linha de frente

Se antes a governança de IA era fragmentada ou parte do núcleo de dados e analytics, agora ela precisa ser transversal e explícita. O modelo atual requer responsabilidade empresarial clara, comitês de ética, rastreabilidade de decisões automatizadas e métricas de risco reputacional.

Ao mesmo tempo, a educação não pode mais ficar restrita a especialistas técnicos. O novo modelo exige que todos os profissionais, de líderes a operadores, sejam alfabetizados em IA generativa, compreendendo não apenas como usá-la, mas também quando e por que usá-la (ou não).

Estudo da PwC mostra que empresas que promovem programas amplos de letramento em IA têm 3 vezes mais chances de evitar falhas críticas em aplicações generativas, além de maior adesão dos usuários e menor resistência organizacional.

Siga nossas Redes Sociais e veja mais Conteúdos como Este!

mais artigos